Classificação de Áreas em Ambientes de Saúde: Críticas, Semi-Críticas e Não Críticas: Defina Com Exemplos Áreas Criticas Semi-Críticas E Nao Criticas

Defina Com Exemplos Áreas Criticas Semi-Críticas E Nao Criticas – A classificação de áreas em ambientes de saúde como críticas, semi-criticas e não críticas é fundamental para a prevenção e controle de infecções. Essa classificação baseia-se no risco de transmissão de microrganismos patogênicos, direcionando a escolha dos métodos de limpeza e desinfecção mais adequados para cada ambiente. A correta classificação e higienização são essenciais para garantir a segurança do paciente e dos profissionais de saúde.
Classificação de Áreas por Criticidade e Risco de Infecção
A classificação de áreas em críticas, semi-criticas e não críticas considera o nível de risco de infecção associado a cada ambiente. Áreas críticas são aquelas que entram em contato direto com tecidos estéreis ou o sistema vascular, exigindo esterilização. Áreas semi-criticas entram em contato com membranas mucosas ou pele não íntegra, necessitando desinfecção de alto nível. Já as áreas não críticas apresentam baixo risco de infecção e requerem limpeza e desinfecção de baixo nível.
A importância da classificação para o controle de infecção reside na garantia de que os procedimentos de limpeza e desinfecção sejam adequados ao nível de risco, minimizando a probabilidade de transmissão de patógenos. A falha na classificação e na higienização adequada pode levar a sérias infecções, impactando negativamente a saúde do paciente e aumentando os custos com tratamento.
A principal diferença entre os níveis de criticidade está nos métodos de tratamento. Áreas críticas exigem esterilização, eliminando todos os microrganismos, incluindo esporos. Áreas semi-criticas necessitam de desinfecção de alto nível, inativando a maioria dos microrganismos, exceto alguns esporos. Áreas não críticas requerem limpeza e desinfecção de baixo nível, reduzindo a carga microbiana.
Áreas Críticas: Características e Exemplos
Áreas críticas são aquelas que apresentam o maior risco de infecção, pois entram em contato direto com tecidos estéreis ou o sistema vascular. A esterilização é imprescindível para eliminar todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos. A seguir, apresentamos exemplos e os procedimentos de esterilização adequados.
Tipo de Área Crítica | Exemplo | Procedimento de Esterilização | Risco de Infecção |
---|---|---|---|
Sala de cirurgia | Mesa cirúrgica, instrumentos cirúrgicos | Autoclavagem a vapor | Extremamente alto |
Unidade de terapia intensiva (UTI) | Cateteres intravenosos, sondas | Óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio | Alto |
Central de Material e Esterilização (CME) | Instrumentais cirúrgicos, implantes | Autoclavagem a vapor, óxido de etileno | Alto |
Hemodinâmica | Cateteres cardíacos, balões intra-aórticos | Autoclavagem a vapor, radiação gama | Extremamente alto |
Centro cirúrgico ambulatorial | Endoscópios rígidos | Autoclavagem a vapor | Alto |
Áreas Semi-Críticas: Características e Exemplos

Áreas semi-críticas, embora apresentem menor risco que as áreas críticas, requerem desinfecção de alto nível para eliminar a maioria dos microrganismos. Esses ambientes entram em contato com membranas mucosas ou pele não íntegra. A seguir, alguns exemplos em um consultório médico e os métodos de desinfecção.
Cinco exemplos de áreas semi-criticas em um consultório médico são:
- Endoscópios flexíveis
- Laringoscópios
- Diafragmas de ultrassom
- Superfícies de equipamentos de diagnóstico por imagem
- Equipamentos de fisioterapia (se usados em contato direto com pele ou mucosa)
A desinfecção de alto nível para áreas semi-críticas pode envolver o uso de soluções químicas, como glutaraldeído ou peróxido de hidrogênio de alta concentração, ou métodos físicos, como plasma de peróxido de hidrogênio.
Passos para a desinfecção de um endoscópio (área semi-crítica):
- Limpeza prévia com água e detergente enzimático.
- Enxágue com água abundante.
- Imersão em solução desinfetante de alto nível (glutaraldeído ou peróxido de hidrogênio), seguindo rigorosamente as instruções do fabricante.
- Enxágue com água esterilizada.
- Secagem completa com ar comprimido esterilizado.
- Armazenamento em local apropriado.
Áreas Não Críticas: Características e Exemplos, Defina Com Exemplos Áreas Criticas Semi-Críticas E Nao Criticas
Áreas não críticas apresentam baixo risco de transmissão de infecções, pois não entram em contato direto com pacientes ou tecidos estéreis. A limpeza e desinfecção de baixo nível são suficientes para reduzir a carga microbiana. Segue exemplos em uma clínica odontológica e os procedimentos.
Cinco exemplos de áreas não críticas em uma clínica odontológica são:
- Piso
- Paredes
- Mobiliário (cadeiras, mesas)
- Superfícies externas de equipamentos
- Maçanetas
A limpeza e desinfecção de baixo nível para áreas não críticas podem envolver o uso de detergentes e desinfetantes de amplo espectro, como hipoclorito de sódio diluído. Para pisos, paredes e mobiliário, a limpeza deve ser realizada regularmente com detergente neutro e água, seguida da aplicação de desinfetante apropriado. A frequência da limpeza varia de acordo com o nível de uso da área.
Implicações da Classificação na Prevenção de Infecções
A correta classificação das áreas é crucial para a prevenção de infecções hospitalares. A escolha dos métodos de limpeza e desinfecção adequados para cada nível de criticidade minimiza a disseminação de microrganismos, protegendo pacientes e profissionais de saúde.
A falha na classificação e higienização correta das áreas pode levar a surtos de infecções, aumentando a morbidade e mortalidade dos pacientes, prolongando o tempo de internação e gerando custos adicionais com tratamentos. Além disso, pode comprometer a imagem e a credibilidade da instituição de saúde.
A capacitação da equipe de saúde na classificação e higienização de áreas é fundamental para garantir a eficácia das medidas de controle de infecção. Treinamentos regulares e atualizados sobre os procedimentos corretos, os tipos de produtos a serem utilizados e as normas de segurança são essenciais para a prevenção de infecções.
Considerações Adicionais: Equipamentos e Materiais
A escolha dos equipamentos e materiais para limpeza e desinfecção varia de acordo com o tipo de área. Fatores como o tipo de superfície, o nível de contaminação e o tipo de microrganismo a ser eliminado influenciam a seleção dos produtos e métodos.
Tipo de Área | Equipamento/Material | Método de Limpeza/Desinfecção | Considerações de Segurança |
---|---|---|---|
Crítica | Autoclave, materiais descartáveis, indicadores biológicos | Esterilização por calor úmido, óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio | Seguir rigorosamente as instruções do fabricante, utilizar equipamentos de proteção individual (EPI). |
Semi-Crítica | Soluções desinfetantes de alto nível, imersores, escovas | Desinfecção de alto nível química ou física | Utilizar EPI, respeitar o tempo de contato recomendado pelo fabricante. |
Não Crítica | Detergentes, desinfetantes de baixo nível, panos, aspirador | Limpeza e desinfecção de baixo nível | Utilizar luvas e, se necessário, máscara e óculos de proteção. |
Quais os tipos de desinfetantes usados em cada área?
Depende do nível de criticidade. Áreas críticas usam esterilizantes (como óxido de etileno), semi-críticas usam desinfetantes de alto nível (glutaraldeído), e não críticas usam desinfetantes de baixo nível (álcool, hipoclorito).
Quanto tempo dura a esterilização de uma área crítica?
Varia conforme o método usado, mas geralmente leva algumas horas. É importante seguir as instruções do fabricante do equipamento de esterilização.
Existe legislação que regulamenta a classificação de áreas?
Sim, existem normas e recomendações da ANVISA e outras organizações de saúde que orientam sobre a classificação e higienização de ambientes hospitalares e de saúde.